Botão para acessar Banco de currículos Botão para acessar Certificado Digital Botão para acessar Boa Vista SCPC
08/11/2017

Na hora de emprestar, bancos ignoram pequenos empresários

Levantamento feito pelo Banco Central mostra que o volume de crédito se concentra cada vez mais nas grandes empresas. Revela ainda que apenas 19% dos MEIs se relacionam com bancos

Um estudo do Banco Central, feito em parceria com o Sebrae, reforça que as linhas de crédito oferecidas pelas instituições financeiras ainda ignoram as micro e pequenas empresas.

Pelo levantamento, as empresas de portes menores perderam participação no mercado de crédito entre 2012 e 2017. Por outro lado, nesse mesmo período, as grandes empresas aumentaram o acesso aos recursos e passaram a concentrar mais de 57% do volume emprestado pelos bancos.

Já as empresas de pequeno porte passaram de 13,5% em 2012 para menos de 10% de participação em agosto de 2017. As microempresas, de 5,2% para 4,3%.

Os juros também se mostraram impeditivos aos pequenos empresários. Pelos dados levantados, enquanto a taxas médias de juros cobrada de empresas grandes é de 10% ao ano, para as microempresas chega a 30% ao ano.

Para as de pequeno porte os juros chegam a 40% e os cobrados dos Microempreendedores Individuais (MEI), em torno de 70% ao ano. Ainda com relação ao MEI, apenas 19% deles têm relacionamento com bancos como pessoa jurídica.

Apesar das taxas, e do recuo no volume emprestado, o estudo mostra que o número de microempresas tomadoras de crédito cresceu, passando de 1,1 milhão no início de 2012 para mais de 2,8 milhões em agosto de 2017.

Outra boa notícia trazida pelo levantamento envolve a inadimplência, que vem caindo nos últimos meses para todos os portes de empresa, apesar de permanece em um nível ainda elevado.

O saldo das dívidas não quitadas das empresas de pequeno porte se movimenta para baixo do limite de R$ 15 bilhões, que é o patamar observado antes da crise de 2015.

Já as microempresas têm mostrado um quadro mais estável, com volume de créditos não pagos em torno de R$ 5 bilhões.

Fonte: Diário do Comércio