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27/02/2020

Fluxo de consumidores nas lojas cai 32,1% em janeiro

Resultado do mês até então tradicionalmente fraco foi medido pela FX Retail Analytics. Apesar da alta nas vendas na última semana do mês, puxada pela Sampa Week, essa foi a primeira edição da data promocional.

O primeiro mês do ano tradicionalmente é um período fraco para os varejistas após as vendas de Natal e Ano-Novo. Não à toa, o fluxo de visitantes caiu em janeiro de 2020. Apesar da alta nas vendas na última semana do mês, puxada pela Sampa Week, idealizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), essa foi a primeira edição da data promocional. 

Mas o total dessa queda no primeiro mês do ano é resultado do levantamento Índice de Performance do Varejo (IPV), realizado em conjunto pela FX Retail Analytics, empresa especializada em monitoramento de fluxo para o varejo, e pela F360º, plataforma de gestão de varejo para franquias e pequenos e médios varejistas.

No total, as lojas do país registraram uma queda de 3,21% no fluxo de visitantes em janeiro ante igual período de 2019. As cinco regiões tiveram indicadores negativos. O Sudeste e o Centro-Oeste caíram 1,89% e 1,9%, respectivamente. O Sul, por sua vez, registrou -2,78%, enquanto o Norte teve -5,55%, e o Nordeste, -5,72%.

No comparativo com dezembro de 2019, o índice caiu 18,84% em todo o país. A região Sul teve queda de 10,3%, seguida por Sudeste, com -12,11%; Centro-Oeste, -13,29%; e Nordeste, -15,12%. As lojas da região Norte tiveram o pior desempenho, com -18,92%.

“O primeiro mês do ano é marcado por liquidações do varejo brasileiro após o período de festas, motivo ao qual deveria trazer fluxo às lojas físicas. Porém mesmo com esse contexto, o fluxo de janeiro de 2020 caiu de forma generalizada com destaque para o segmento de óticas e utilidades domésticas, que caíram respectivamente 3,48% e 3,54%”, afirma Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Entre os segmentos, os melhores desempenhos na comparação com janeiro de 2019 foram de eletrônicos e calçados, que cresceram 2,85% e 2,78%, respectivamente. Beleza teve queda de 1,21% e moda, de 1,88%. Já ótica e utilidades domésticas caíram 3,48% e 3,54%, respectivamente.

Já na comparação com o fluxo de consumidores em dezembro de 2019, todos os segmentos registraram índices negativos. Moda teve -8,98%, seguido por ótica, -14,76%; eletrônicos, -15,32% e calçados, -15,96%. Já beleza teve -18,31% e utilidades domésticas registrou o pior desempenho, com -20,25%.

VENDAS

Os dados do IPV também mostram que a queda na circulação de consumidores impactou o caixa dos varejistas. Os indicadores de quantidade de vendas e do volume financeiro ficaram negativos tanto na comparação com janeiro de 2019 quanto na comparação com o mês anterior (dezembro de 2019).

No comparativo com o mesmo período de 2019, as lojas brasileiras tiveram um recuo de 1,37% no volume financeiro negociado e de 2,26% no total de vendas. Já em relação a dezembro de 2019, a queda foi maior: -49,03% no volume total e de -50,64% na quantidade de transações realizadas.

“Os dados apenas mostram que o mês de janeiro realmente é o período mais fraco para o varejo nacional em termos de vendas. Após os gastos nas compras de fim de ano, os brasileiros tendem a economizar mais agora, mesmo com a estratégia de liquidação de estoque que muitas marcas adotam”, comenta Henrique Carbonell, sócio-fundador da Finanças 360º.

EM SHOPPINGS

O IPV também traz os dados do Índice de Visitas a Shopping Centers (IVSC), com fluxo de consumidores nos centros de compra. No total, o indicador de janeiro de 2020 caiu 1,64% em todo o país em relação ao mesmo período do ano anterior. A região Sudeste registrou crescimento de 3,09%, enquanto o Sul e o Nordeste caíram 2,1% e 3,82%, respectivamente.

Na comparação com dezembro de 2019, o resultado também não é favorável, com baixa de 20,17% em todo o país. Os shopping centers do Nordeste caíram 14,21% neste período, enquanto o Sudeste registrou -21,4% e o Sul, -26,53%.

“O mês de janeiro naturalmente tende a ser mais fraco para o comércio nacional por conta das festas de fim de ano. É o período em que o consumidor planeja seu orçamento e se prepara para datas especiais no primeiro semestre, como Carnaval e Páscoa”, explica Flávia Pini, CEO da FX Retail Analytics.

FONTE: DIÁRIO DO COMÉRCIO 

https://dcomercio.com.br/categoria/negocios/fluxo-de-consumidores-nas-lojas-cai-32-1-em-janeiro