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03/05/2021

Dia das Mães deve movimentar R$ 4,4 bi em SP.

De acordo com a CNC, valor é o maior desde 2014 e 8,8% acima de 2019. Segundo a ACSP, cestas de café da manhã e almoço aparecem na lista de presentes.

Depois de um ano de pandemia do novo coronavírus, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) tem uma boa notícia para os lojistas paulistas.

As vendas para o Dia das Mães, a segunda data mais importante para o varejo, deve atingir R$ 4,46 bilhões neste ano no Estado de São Paulo, o maior valor desde 2014.

Se confirmada a previsão da CNC, o faturamento do comércio paulista com a data será 56,5% maior do que o de 2020, quando as lojas estavam fechadas, e 8,8% maior do que o de 2019.

O segmento de vestuário e calçados deverá corresponder a 33% deste montante, seguido por supermercados e hipermercados (21%) e utilidades domésticas (17%).

“Este aumento de vendas foi construído ao longo de 2019 e a partir da segunda metade de 2020”, diz Fábio Bentes, economista da CNC.

Bentes não espera para este Dia das Mães um boom do e-commerce, que correspondeu a 6% das vendas totais do varejo no ano passado.

Isso porque nos segmentos de vestuário e calçados e de supermercados, diz ele, as vendas on-line ainda não são tão significativas.

O volume de vendas do comércio medido pelo IBGE apresenta tendência de crescimento desde janeiro de 2019, excluindo períodos de lojas fechadas.

Mas vale destacar, diz ele, que o ritmo de crescimento do varejo está menor mês a mês, se aproximando do desempenho da economia de 2017.

Quando as vendas crescem, de acordo com Bentes, o faturamento do varejo em datas comemorativas também cresce, seguindo, portanto, a mesma tendência.

De acordo com projeção da CNC, as vendas de produtos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos para o Dia das Mães devem subir 48% em relação a 2019.

As vendas de artigos de farmácia, perfumaria e cosméticos devem crescer 27%, de vestuário e calçados, 17%, e de produtos de supermercado e hipermercado, 8%.

CONSUMIDOR NAS RUAS

Outro indicador positivo para os varejistas, diz o economista, é que a circulação de pessoas em áreas de comércio e restaurantes está voltando a crescer.

Dados do Google, com base em rastreamento de celulares, revelam que, em março do ano passado, a concentração de pessoas em regiões de lojas, bares e restaurantes era 70% menor do que no período pré-pandemia.

Este número hoje está 40% a 50% menor, de acordo com levantamento de Bentes.

“Se não tivesse restrições de horários e circulação de pessoas em áreas de comércio e lazer, as vendas para o Dia das Mães iriam crescer mais neste ano”, afirma.

A rede MOB, especializada em roupas femininas, traçou uma meta para o mês de maio. A projeção é vender 75% do que faturou em maio de 2019.

Ângelo Campos, sócio da rede, diz que se os shoppings derem descontos de pelo menos 25% no valor dos aluguéis em maio, os lojistas poderão ter algum respiro com o Dia das Mães.

PRESENTE POR DELIVERY

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) prevê para este Dia das Mães um crescimento de 20% nas vendas em relação ao ano passado e queda 21% sobre o mesmo período de 2019.

“O crescimento previsto para este ano, se confirmado, não recupera as perdas dos lojistas no ano passado”, afirma Marcel Solimeo, economista da ACSP.

“A economia não está a pleno vapor e o consumidor não tem fôlego financeiro”, diz.

De janeiro a abril deste ano, a massa real de rendimento do pessoal ocupado, incluindo o Auxílio Emergencial, deverá ser 12% menor do que a de igual período de 2020, de acordo com Fabio Silveira, sócio-diretor da MacroSector Consultores.

Com menos dinheiro no bolso e vacinação em ritmo lento, fica difícil, de acordo com lojistas, fazer previsões otimistas para o Dia das Mães e para o ano.

Pesquisa realizada pela ACSP revela que roupas, calçados e acessórios serão os presentes mais comprados para as mães neste ano.

Em meio à pandemia, que já dura mais de um ano, apareceu uma curiosidade na lista de presentes: as cestas de café da manhã e almoço por delivery.

 

IMAGEM: Thinkstock

FONTE:   Por Fátima Fernandes 28 de Abril de 2021 às 07:11

  | Jornalista especializada em economia e negócios e editora do site Varejo em Dia