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15/04/2016

O que muda com a alteração dos planos de internet

Novo modelo de cobrança poderá limitar o acesso de usuários e encarecer ainda mais as tarifas de navegação

Sabe aquela mensagem que você recebe no celular dizendo que foram consumidos 100% do seu volume de dados e, por isso, sua velocidade de conexão será reduzida? Pois, em breve, essa mensagem pode aparecer no seu computador, laptop ou tablet.

Pelo menos é isso que as operadoras estão planejando.

Em fevereiro passado, a Vivo anunciou uma mudança em seus planos de internet residencial de banda larga: a partir de 2017, a cobrança começaria a ser feita por meio de franquia – similar à de celulares.

Desde que a internet começou a ser comercializada no Brasil, a cobrança é feita da seguinte forma: os usuários pagam uma conta mensal por uma velocidade de conexão.

Dessa forma, os consumidores podem navegar o quanto quiserem e o número de downloads é ilimitados – nos planos mais básicos essas operações são mais lentas e, obviamente, nos mais caros são mais rápidas.

Com a mudança a cobrança deixa de ser feita em relação à velocidade, e passa a ser contabilizada pelo tráfego pela rede.  Os clientes terão um limite de dados mensais e, quando o limite for ultrapassado, terão a velocidade reduzida ou, até mesmo, a internet cortada.

Para que a normalidade seja restabelecida, os consumidores terão que pagar uma taxa extra.

As demais empresas de telecomunicação seguiram o exemplo da Vivo e também decidiram a anunciar mudanças similares.

NA PRÁTICA

O que muda efetivamente é que os usuários terão que controlar o volume de navegação e downloads para não ultrapassar o limite de dados. Ou seja, na prática, acabou a liberdade de trafegar na rede o quanto eles desejarem. 

De acordo com levantamento feito pelo Tecmundo, o plano mais básico que a Vivo passará a oferecer – de 10GB – será suficiente para assistir apenas quatro horas de vídeos em HD no Netflix.

Para quem gosta de baixar jogos, seria possível fazer o download de apenas dois por mês.

Para os usuários que dividem a internet com outros membros da família, a conta ficaria ainda mais amarga.

O usuário teria que pagar mais caso ultrapassasse o limite da franquia. Com isso, a internet brasileira, que já cobra uma das mais tarifas mais altas do mundo, ficaria ainda mais cara para o consumidor.

Não demorou muito para que os internautas considerassem tais mudanças absurdas e começassem a reclamar nas redes sociais.

Foi criado o abaixo-assinado “Vivo, GVT ,OI, NET, Claro, Anatel, Ministério Publico Federal : Contra o Limite na Franquia de Dados na Banda Larga Fixa”.  Também foi criado o Movimento Internet sem Limites que pretende o unir usuários para pressionar as operadoras e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

PROTESTE, a associação de defesa dos direitos dos consumidores, entrou com uma ação judicial para impedir as operadoras de limitarem o acesso à internet por meio de plano de franquias.

Fonte: Diário do Comércio