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17/04/2018

Mesmo conectados, brasileiros não dispensam lojas físicas

Pesquisa da PwC revela que a frequência de compra em loja física aumentou de 55%, em 2017 para 61% em 2018. Já a preferência pelo smartphone cresceu de 31% para 41%

Embora a presença dos canais digitais, especialmente o mobile, seja cada vez mais importante na vida do consumidor brasileiro, a preferência pelas lojas físicas voltou a crescer no último ano.

É o que aponta a pesquisa Global Consumer Insghts 2018, da consultoria PwC, divulgada nesta terça-feira (03/04).

Os dados apresentados mostram a primeira reação das vendas em lojas físicas, desde 2013, quando 70% dos entrevistados afirmaram realizar compras presencialmente.

Ao longo dos anos, esse comportamento foi perdendo força e em 2017, o canal foi citado por 55% dos consumidores. No entanto, no início deste ano, as lojas físicas voltaram a crescer com 61% de preferência dos brasileiros.

Para Ricardo Neves, sócio da PwC e especialista em varejo e consumo, o crescimento se deve à mudança no perfil de algumas lojas, que passaram a dar mais atenção à experiência do consumidor dentro do ponto de venda.

Entre os entrevistados brasileiros, 64% estão satisfeitos com a capacidade de percorrer os corredores de forma rápida e conveniente. Outros 62% apontam encontrar vendedores com nível profundo de conhecimento.

“O varejo tem muito potencial para crescimento e as empresas que apostarem em tecnologias disruptivas para oferecer experiências customizadas estarão à frente das demais”, diz Neves.

Ao mesmo tempo, o uso de smartphones na hora da compra também avança agressivamente, de acordo com o levantamento da PwC. Em 2013, apenas 15% citavam a modalidade. Em 2017, o número subiu para 31%, e em 2018 já representa 41% dos entrevistados.   

Na hora de escolher onde realizar suas compras, confiança e conveniência aparecem como os principais atributos de uma varejista, além do preço ofertado.

Citada por 17% dos entrevistados, a preferência do brasileiro por uma marca de confiança está acima da média global de 14%. Já a preocupação com localização acompanha a média global (14%).

COM O QUE ELES QUEREM GASTAR?

Mais otimistas em relação a seus gastos pessoais, sete em cada dez brasileiros esperam comprar mais em 2018.

Considerando a renda disponível, os consumidores brasileiros estão dividindo na mesma proporção seus gastos entre produtos e experiências, como viagens, eventos e ida a restaurantes (50%).

Entre as principais respostas estão o gasto individual (37%), tempo gasto com amigos e familiares (35%) e mudanças de prioridades para aproveitar a vida (35%).

Detalhando as modalidades de gastos que a maioria têm com experiência, comer e viajar estão entre as preferências. Na sequência, aparecem gastos com assinaturas de jogos, músicas e televisão, e ingressos para shows. Bem-estar e saúde também estão entre as indicações.

Outra tendência levantada pela pesquisa é a disposição em direção ao consumo colaborativo – também acima da média global.

No Brasil, o interesse em alugar ou compartilhar é maior entre os itens de uso pessoal como bolsas de grife e joias (21%). 47% dos entrevistados dizem estar abertos ao uso compartilhado de carros e 26% têm interesse na categoria de calçados e acessórios.

SEGURANÇA DIGITAL

Mesmo conscientes das formas de reduzir os riscos causados por transações on-line, os brasileiros estão mais abertos a compartilhar suas informações na web.

Quando questionados sobre o que fazem para diminuir o risco pessoal de fraude de segurança on-line, os brasileiros se mostram menos preocupados que a média global, em relação aos pagamentos feitos por um dispositivo móvel. Globalmente, a preocupação atinge 60% dos entrevistados.

De acordo com a pesquisa, no Brasil, 57% não se importam com o monitoramento de padrões e históricos de compras, desde que o resultado seja a oferta de produtos e serviços personalizado.

A maioria dos entrevistados diz não se preocupar muito com o uso de dados e localização para ofertas personalizadas via dispositivos móveis. 

FOTO: Peter Aaron/Divulgação