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28/03/2016

Como lidar com os riscos em épocas de crise

Arriscar é perigoso. Mas ficar parado pode ser pior. Veja como os gestores americanos resolvem esse impasse

As palavras “crise” e “risco” são intimamente relacionadas no vocabulário de qualquer empresário.  Num momento em que a economia está estacionada e os consumidores estão reduzindo gastos, qualquer passo em falso pode representar uma queda num enorme precipício.   

Por isso, a maioria dos empresários fica reticente e prefere não começar novos projetos num cenário tão negativo. Mas já dizia o ditado: “Quem não arrisca, não petisca”. 

Durante a última crise norte-americana, muitas grandes empresas tomaram uma posição conservadora em relação à gestão de riscos e aprenderam uma dura lição. Por um lado, essa atitude protegeu de eventuais perdas. Por outro, impediu um aumento significativo dos lucros e criou uma barreira para inovações. 

No final desse processo, as empresas que se arriscaram levaram uma vantagem competitiva em relação às outras. Ou seja, arriscar pode ser ruim, mas não ousar pode ser pior. Mas como achar um meio-termo? 

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Veja o que os gestores de riscos de grandes empresas americanas podem para pequenos e médios negócios:

SEM RISCO NÃO HÁ RECOMPENSA

A primeira ligação, e a mais importante, que os gestores de risco americanos aprenderam é que não dá para prevenir completamente todas as possíveis ameaças. Esses profissionais não são contratados para calcular tudo que pode dar errado dentro de uma empresa. 

Eles são responsáveis por estabelecer junto com os empresários o tamanho do risco que estão dispostos aceitar. Essas decisões são baseadas em informações de mercado e estudos sobre a concorrência. 

Além disso, eles também são responsáveis por instruir empreendedores de que menores riscos significam necessariamente retornos mais baixos. Após uma definição sobre até a empresa está disposta a ir, esse gestor é responsável por orientar os demais gestores e gerentes.  

DECISÃO X PROCESSO 

Assumir que os riscos são inevitáveis traz outra implicação: a de que não há uma fórmula pronta para controlá-los. Por isso, empresas americanas deixaram de focar seus esforços na criação de processos para evitar correr riscos. Hoje, a maioria está se dedicando a criar ferramentas capazes de melhorar a forma que as decisões que são tomadas. 

Na fabricante de brinquedos Lego, por exemplo, o gestor de risco é incluído em grande parte das decisões. Ele também auxilia para  que os projetos se encaixem nos planos de gestão de risco da empresa. 

TREINAMENTO PARA FUNCIONÁRIOS 

Nenhuma decisão é tomada sozinha, as pessoas são as responsáveis por assumir ou não riscos. Nem sempre o dono da empresa ou um gerente de riscos está por perto para resolver eventuais problemas.  

Por isso, grandes empresas têm se preocupado em desenvolver a habilidade dos funcionários em entender e calcular os riscos de cada decisão. 

Além disso, cada vez mais empresários tem contratado funcionários que estão dispostos a correr riscos. Para isso, os departamentos de recursos humanos têm mapeado essa pré-disposição nos candidatos. 

Mesmo com todas essas mudanças na gestão de risco, ainda há muito para ser mudado para que o medo não emperre uma empresa.  Recentemente, uma pesquisa feita pela CEB (Corporate Executive Board) revelou que 60% dos funcionários de grandes empresas americanas disseram que processo de tomada de decisão é muito lento, em parte devido a um foco excessivo sobre a prevenção risco.

Fonte: Diário do comércio