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07/06/2016

5 atitudes para cortar custos sem perder desempenho

Muitas vezes, os esforços para diminuir gastos não geram resultados. Saiba como usar o dinheiro de forma inteligente para ganhar mais e gastar menos

Diante de uma crise política e econômica sem grandes perspectivas de melhora, micro, pequenas, médias e grandes empresas estão empenhados em enxugar custos.

Renegociação de contratos, otimização de processos e implantação de um modelo de gestão com métricas claras e realistas, proporcionando sustentabilidade e visibilidade dos resultados são algumas das estratégias apontadas pelos fundadores da Orbe Consultoria, no Rio de Janeiro.

Os caminhos escolhidos por alguns gestores nem sempre são os que garantem melhores resultados. Focar no óbvio já não é mais o suficiente para sobreviver à crise, de acordo com Vinicius Gomes, sócio da Orbe Consultoria. Buscar novos fornecedores aptos a atender as demandas exigidas pelo cliente, ganho de escala com as centralizações das compras e um processo de compras mais estruturado são algumas mudanças com maior impacto direto no resultado financeiro.

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SAIA DO COMODISMO

Amigos, amigos... negócios à parte. O velho ditado nunca fez tanto sentido. Trabalhar com o mesmo fornecedor durante muito tempo pode ser sinônimo de comodismo. Para que a parceria funcione para ambos os lados é importante que as bases da negociação sejam sempre revistas e modificadas. 

Se não houver uma forma de harmonizar o que o cliente pode pagar e o que o fornecedor quer oferecer, é hora de sair à procura de novas opções.

Correr atrás dos melhores preços é obrigatório para quem quer reduzir custos. Uma boa pesquisa de mercado mostrará que grandes redes têm maior poder de barganha. “O mercado está esmagando os pequenos”, diz.

Por isso, transformar a concorrência em parceria pode ser uma ótima solução para pequenas e médias empresas conseguirem juntas, contratos mais vantajosos, por meio de associações. 

APOSTE EM AÇÕES EM CURTO PRAZO  

Pensar e agir somente para o longo prazo, hoje, significa a morte. A afirmação é de Diogo Feliciano, um dos sócios da Orbe Consultoria. A melhor estratégia é identificar as oportunidades e iniciar o trabalho pelas ações de maior facilidade de implantação em um horizonte de até três anos, para então, mantê-las a longo prazo, afirma.   

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De acordo com Gomes, é importante construir uma estrutura de custos competitiva para o presente e ao mesmo tempo solidificar outros projetos com objetivos definidos com base em dados de mercados externos e não em referências internas.

BUSQUE RESULTADOS SEM DESESTIMULAR FUNCIONÁRIOS 

A crise existe para todos e o clima de instabilidade compromete a produtividade coletiva. Diminuir ou atrasar salários, cortar benefícios e demitir funcionários devem ser a última alternativa.

Redução de custos quase nunca envolve estratégia, cronograma, e expectativa – um grande erro. Em vez de diminuir o valor de um vale refeição ou a categoria de um plano de saúde, por exemplo, tente renegociar o pacote em questão. “Ninguém quer perder cliente”.

Se demitir for a única opção, saiba como isso irá beneficiar a empresa. “Um corte direcionado, sabendo o real motivo da demissão é válido. Mas, acreditar que um número menor de funcionários irá resolver os problemas da empresa é utopia”.   

TENHA UMA VISÃO EXTERNA DE SUA EMPRESA

Se reinventar é uma das melhores estratégias para fugir dos efeitos da crise. Esse é o momento mais propício para rever os investimentos. Além do suporte necessário para todo o planejamento, metas e estratégias para alcançá-las, um olhar externo especializado tem neutralidade na hora de tomar decisões que privilegiam unicamente, o crescimento da empresa. 

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“Temos uma visão externa, mas oferecemos soluções para 'dentro de casa' de maneira sustentável – uma demanda que sempre vai existir, mas que, se intensifica em épocas de crise”, diz Vinicius.  

TRATE A ÁREA DE COMPRAS COMO A MAIS ESTRATÉGICA 

Normalmente, a área de compras é tratada como embrionária, sem a técnica necessária para participar das decisões estratégicas. “Nos últimos anos, o perfil desse profissional mudou”, diz Feliciano. As características valorizadas na década de 1990 mudaram muito em relação às atuais. Hoje, o comprador tem de estar preparado para atender e entender o mercado.

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Ter o talento ideal para essa área significa uma equipe enxuta, porém com salários mais altos, em função da alta capacitação para elevar a receita da empresa, aumentar a lucratividade e definir melhor a utilização do capital da empresa.

Profissionais capacitados poderão identificar onde estão as melhores oportunidades para aperfeiçoar as compras, e optar por soluções orientadas por tecnologia. 

Fonte: Diário do Comércio